Comer
Uma ode à chanfana
Uma tentação imperdível que exige uma incursão à Beira Litoral.
Uma tentação imperdível que exige uma incursão à Beira Litoral.
O tempo merecido de férias vem acompanhado de muitos "ingredientes". O despertador fica finalmente desligado, o relógio e o trânsito já não são uma preocupação e a alimentação, acompanhada pelo calor, também muda. Os pratos são normalmente mais leves e "puxam" mais ao mar. Deixamos-lhe três receitas deliciosas para ser um verdadeiro chefe neste verão.
O Queijo de S. Jorge DOP nasce num lugar edénico, cheio de raça e o seu grande caráter traduz o exotismo destas paragens, onde basalto, verde exuberante e arribas imponentes desmaiam em fajãs num azul Atlântico avassalador. O resultado é um queijo secular, salino e picante, com muito temperamento, que quanto mais envelhece mais mostra a sua garra. Os chefes Rodrigo Castelo e Alexandre Silva prepararam duas receitas especiais com este produto único.
Como tantas outras ao longo das décadas, a tradição do sável fumado em barricas de Vinho do Porto está a perder-se.
A sua carne é macia e branca, bastante sápida e firme. Mesmo assim, é pouco convincente para muita gente. A raia, belíssimo “peixe-pássaro” da família do tubarão, remete para a nossa identidade nacional e há um prato que incorpora essa história: o “Pitau de Raia”.
A Associação Bagos d’Ouro juntou alguns dos mais conhecidos chefes da cozinha nacional num livro para saborear do princípio ao fim e cujas vendas revertem a favor de uma causa solidária.
Quando chegam os primeiros dias de sol, há um chamamento que se impõe: cascaria. Sorver estes moluscos bivalves ao ar livre (se bem que nos tempos que correm, só se for em casa...) é um prazer tão simples quanto enorme.
A fava possui qualidades nutritivas interessantes, nomeadamente a riqueza em glúcidos, fibras, proteínas e vitaminas, mesmo quando consumida seca.
Aquela ideia de uma alimentação saudável mas algo sensaborona, muitas vezes de aspeto pouco atrativo, onde pontuavam anódinos tofus e seitans, faz parte, definitivamente, de um longínquo passado.
Quando se fala em azeite, é toda a alma da cozinha tradicional portuguesa que respira. Quase não existirá receituário que não seja perfumado pelo fio de ouro com o caraterístico sabor anímico que pontua a nossa identidade gastronómica.
O emprego do sangue no receituário nacional é amplo e perde-se nas origens do tempo. Rico, espesso e fortificante, o seu uso é transversal.
A receita da Pastelaria Clarinhas nunca foi escrita e muito poucos a sabem, apenas memorizada de forma a transmitir o segredo apenas oralmente.