A 6 de Junho celebram-se duas décadas da sociedade F. Olazabal & Filhos.
A sociedade comercial F. Olazabal & Filhos assinala a 6 de junho duas décadas de existência. Um marco temporal que sublinha também a continuidade de um projeto longo que o Douro, o país e o mundo vitícolas têm acompanhado desde os tempos da D. Antónia Ferreira.
A Quinta do Vale Meão nasceu precisamente da mítica produtora duriense, ao comprar à Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa 300 ha de terra, em hasta pública. A ideia foi a de criar uma exploração modelo no Vale do Douro, com toda a experiência acumulada da D. Antónia. E o objetivo ainda se mantém e é procurado diariamente, agora pelos descendentes. A quinta manteve-se sempre na mesma família e nos anos 70, o trineto Francisco Javier de Olazabal assumiu a gestão. Atualmente, Francisco e os filhos Luísa e Jaime partilham a gestão, com diferentes áreas de trabalho. O fundador desta sociedade, Francisco "Vito" Olazabal, foi Personalidade do Ano 2017 para a Revista de Vinhos.
A Quinta tem atualmente uma centena de hectares de vinha, com quase metade do encepamento em Touriga Nacional. Tinta Roriz e Touriga Franca ocupam as segundas e terceiras posições na distribuição de castas nas vinhas.O vinho homónimo ao nome da quinta é produzido através de uma seleção criteriosa de uvas, com várias castas. A quase totalidade deste lote tem as duas grandes castas da Quinta do Vale Meão: Tourigas Nacional e Franca. O restante é produzido com uvas de Tinta Roriz e Tinto Cão. Trata-se de um vinho pisado a pé e fermentado em lagar. Nos anos mais recentes, a definição conceptual do vinho levou a menos extração e a vindimas mais precoces. Em prova, temos um vinho com boca vigorosa e forte estrutura de taninos que soltam a harmonia e temperamento. O final de boca é aromático, amplo, estruturado, elegante, distinto e longo. A colheita de 2016 ganhou o prémio Vinho de Excelência 2018 para a Revista de Vinhos.
De regresso à Quinta, o passado recente tem pré e um pós-1999, ano em que deixou de ser apenas fornecedora de uvas. A partir daquele ano e até aos dias de hoje neste novo século, o Vale Meão passou a controlar todo o processo de viticultura até ao produto final.
Esta Quinta tem uma extensão que vai muito para lá da centena de hectares produtores de vinho. No total, falamos de 262 hectares, alguns com olival - também com marca própria. Os solos de toda esta extensão são marcados não apenas pelo xisto tradicional do Douro Superior como também pelo granito e aluvião.
O dia 6 de junho é, então, de celebração. Pela manutenção de história familiar secular e da produção vitícola de qualidade superior.