De alma ribatejana, Diogo Campilho nasceu e viveu toda a vida na emblemática Quinta da Lagoalva de Cima, junto ao Tejo, em Alpiarça, adquirida pela avó, onde a produção de vinhos de qualidade é acompanhada de azeites (oriundos de árvores com mais de 200 anos…), cortiça, cavalo lusitano, touro, bovinos e ovinos, cereais, entre outros. Naturalmente, o seu percurso ficaria indelevelmente marcado pelo acompanhamento dos trabalhos da quinta, pelo que a ligação ao mundo dos vinhos seria inevitável.
Assim, após concluir o curso de enologia na UTAD, em Vila Real, Diogo Campilho viajou rumo ao Novo Mundo, com trabalho desenvolvido na Austrália durante seis meses, onde conheceu mais de perto as técnicas e modos de produção característicos do Novo Mundo, aprendeu e cresceu enquanto enólogo.
Depois do regresso a Portugal, começou o seu percurso profissional na Lagoalva em 2003, desde logo implementando métodos de produção e de trabalho que apreendeu da sua experiência internacional, tornando-se enólogo responsável em 2005. Conta com a preciosa colaboração do enólogo e amigo Pedro Pinhão mas, para além dos vinhos, é responsável pelo mercado nacional e internacional, numa visão integrada do mundo do vinho. Destacamos 10 coisas que deve saber sobre ele e três dos vinhos que mais nos impressionaram…
1. Diogo Campilho nasceu e cresceu por entre os 660 hectares da Quinta da Lagoalva de Cima, que chega a distar 800 metros do Tejo.
2. Entre 1998 e 2002 cursou Enologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro por sugestão do pai, pois era a área da quinta que ainda não tinha técnico à altura.
3. O percurso profissional já o levou para experiências no Chile, Nova Zelândia e Austrália.
3. A passagem pela Austrália marcou-o sobremaneira e a aprendizagem com um professor e enólogo neozelandês foi tão impactante que Diogo acabou por trazê-lo para a Lagoalva.
4. Desde o início do percurso profissional, decidiu abraçar novos projetos na Lagoalva, destacando-se, numa fase inicial, a plantação e produção de vinhos com a casta Syrah.
5. Diogo Campilho foi ainda responsável pela plantação de vinhas com a casta Alfrocheiro, da qual é manifestamente admirador e entusiasta. O trabalho de pesquisa e desenvolvimento da Fernão Pires é também de enaltecer.
6. O vinho Dona Isabel Juliana é uma homenagem à sobrinha do 2.º Duque de Palmela, que foi a grande impulsionadora da transformação da propriedade numa das maiores quintas do país.
7. O portefólio Lagoalva alargou-se consideravelmente, abrangendo todas as gamas e categorias, passando a incluir espumantes, aguardentes, colheitas tardia e abafados.
8. Atualmente, a Lagoalva exporta para cerca de 20 mercados, com as vendas ao exterior a representarem à volta de 60% da faturação.
9. Para além do trabalho com Pedro Pinhão na Lagoalva, ambos lançaram uma nova marca, designada Hobby, no Alentejo e Tejo “porque, quando não estamos a fazer vinho, estamos a bebê-lo!”
10. E, por falar em hobbies, os de Diogo são o rugby e o… muay thai.