Haverá alguma coisa que ainda não tenha sido dita e escrita sobre João Portugal Ramos? Percurso de vida de um homem que marcou, e marca, os vinhos do Alentejo e de Portugal.
Estremoz está hoje cheio de adegas e é um local incontornável para qualquer apreciador de vinhos e viagens. Mas nem sempre foi assim. Há 20 anos, quando João Portugal Ramos escolheu fazer lá a sua adega, o cenário era muito diferente. Bem próxima estava a histórica Quinta do Carmo e… mais nada. Hoje, são mais de 17 adegas que se contam à volta de Estremoz e o enoturismo está em ascensão exponencial.
João Portugal Ramos faz parte das primeiras gerações de enólogos portugueses que, como o próprio diz, vieram dignificar a profissão. Estávamos nos anos 80 do passado séc. XX e a realidade do país era outra. Portugal tinha saído de muitas décadas fechadas de ditadura, tinha passado por um processo de entrada na democracia que demorou alguns anos a estabilizar e o cenário de produção primária, de consumo e até de tendências estava a anos-luz do que as décadas seguintes iriam ditar. Ao fazermos “zoom” ao vinho, o que encontramos são poucos rótulos de produtores individuais, pouca exigência no consumo e um mercado dominado pelos armazenistas que faziam lotes e engarrafavam vinhos daqui e dali. 1980 é exatamente o ano de chegada de João Portugal Ramos ao Alentejo e, do que atrás dissemos do meio do vinho em Portugal, sobre esta região podemos hiperbolizar. No Alentejo, a área de vinha era mínima e a produção de vinho proporcional. O nosso protagonista recorda que existiam apenas seis adegas cooperativas e as cinco casas históricas - Tapada do Chaves, Herdade do Mouchão, Quinta do Carmo, Montes Claros e a Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes. Ainda por cima, estes vinhos eram de difícil acesso, com as herdades numa fase difícil pós-ocupação (resultado da revolução do 25 de Abril de 1974).
Quando começou a trabalhar no Alentejo, João Portugal Ramos não sabia que estava a viver a mudança para a era moderna dos vinhos daquela região e dos vinhos portugueses em geral. Em 1981 tem a sua primeira vindima na Adega Cooperativa da Vidigueira e é no ano seguinte, 1982, que a Casa Agrícola Almodôvar lança o Paço dos Infantes, com a sua assinatura. Este passou a ser um vinho disponível, que o consumidor via nas prateleiras das lojas e que, segundo João Portugal Ramos, abriu o caminho para os produtores que se seguiram. E o enólogo acompanhou muitos desses produtores. Chegou a ter mais de 20 consultorias, que se estenderam a outras regiões. Estava mudado o paradigma. O papel do enólogo passou a ser reconhecido e a sua presença exigida, excedendo até a respetiva área técnica de conhecimento. João Portugal Ramos acompanhava os seus produtores na área comercial, era indispensável para a definição estratégica e tinha uma palavra importante a dizer sobre a viticultura. Com o seu percurso e o dos enólogos da sua geração, a enologia começa a ser vista como uma peça fundamental não só na produção, mas também no negócio do vinho.
Mas João Portugal Ramos não trabalhou e cresceu apenas com produtores individuais. Um dos temas que sempre refere quando se fala do seu percurso são as adegas cooperativas. Não só as do Alentejo, como as de todo o país em geral, foram absolutamente fundamentais na história do vinho português. A expressão que usa para a definição do papel das cooperativas é particularmente feliz: “As cooperativas vieram dar berço ao vinho português”. E porquê? Não o tinha antes? Pois… se calhar não. Ou teria em poucos exemplos. Já falámos dos armazenistas, cujos vinhos dominavam o mercado. Esses vinhos não tinham o chamado “berço” porque a maior parte tinha uma origem indefinida. Eram o resultado de uma mistura de vinhos de várias proveniências, a granel, com grande foco no volume e a qualidade possível neste cenário. Por oposição, as cooperativas nascem com vinhas locais e cada uma tem um perímetro perfeitamente definido para as uvas que recebe. Além disso, há uma preocupação com a qualidade, existindo mesmo apoio técnico de enologia dado, então, pela Junta Nacional do Vinho (o movimento cooperativo surge, no Alentejo, com a adega de Borba, em 1955). Nas adegas cooperativas, especialmente as alentejanas que foram as que mais cedo e melhor se equiparam, há uma visão moderna da produção de vinho que se mostra certeira junto dos consumidores. Os vinhos tornam-se limpos e agradáveis, cheios de fruta, com taninos suaves, resultando num perfil que veio abrir um mundo totalmente diferente.
E é este mundo que João Portugal Ramos percebe existir e no qual, hoje, se orgulha ter vivido. É com a sua geração que, no Alentejo, as adegas cooperativas passam a ter o próprio enólogo. Além da Vidigueira, esteve também em Portalegre e em Reguengos de Monsaraz. Curiosamente, quando fala das muitas histórias que tem desses anos e que muito devem ao natural sentido de humor dos alentejanos, é a Adega de Santo Isidro de Pegões que escolhe se escrevesse um livro com um só tema… (ficamos à espera do livro!)
‘Sr. Embaixador’
Pelo seu trabalho com tantos produtores distintos e pelas várias regiões que abarcava, rapidamente passou a ser uma figura recorrente na representação dos vinhos portugueses no estrangeiro. Diz-nos que “andava com a bandeira portuguesa às costas”. E isso acontecia exatamente porque não tinha mais interesse em mostrar um vinho que outro. Eram todos igualmente importantes, todos tinham o seu cunho e todos eram vinhos de clientes das suas consultorias. Assim, recebia frequentes convites do ICEP (Investimento, Comércio e Turismo – Portugal, entidade entretanto extinta para a atual AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), para provas em mercados estrangeiros, porque nessa década de 90 não era fácil encontrar alguém como João Portugal Ramos, com tamanha diversidade de vinhos e produtores, sem nenhum vinho próprio, cujo interesse comercial pudesse beliscar o equilíbrio do conjunto.
Muitos lhe chamaram “embaixador dos vinhos portugueses” e este é um título do qual fala com uma ponta de assumida vaidade, é certo, mas também com toda a propriedade. Um outro que se colou à sua pele é “pai dos vinhos do Alentejo”. E esta paternidade não é difícil de comprovar. O seu ADN está em grande parte dos vinhos modernos da região, não apenas nos que têm a sua assinatura, mas também nos que foram criados a partir do seu estilo, da sua escola. João Portugal Ramos começou quando o Alentejo tinha uma quota de mercado de 2%. Algumas (poucas) décadas e muitos (mesmo muitos!) quilómetros depois, viu-a crescer até aos 43%. É obra!
A marca João Portugal Ramos
A adega Vila Santa foi construída em 1997 mas, antes disso, já João Portugal Ramos produzia vinho. Também para os seus vinhos escolheu o Alentejo, tendo-se fixado em Estremoz, terra que considera “um Alentejo mais fresco”. Plantou os primeiros 5 ha de vinha em 1990 e projetou uma adega. Tudo isto sendo também (e ainda) consultor de variadíssimos produtores. Começa, então, o conflito de interesses. Diz-nos que “se fez luz” quando recebeu um convite do ICEP, para uma prova no Japão, para a qual só poderia levar oito vinhos. Um estava garantido - era o seu. Mas, como escolher os outros sete? Sentiu que estava a concorrer com os “seus” produtores. Com eles tinha construído um nome que, ainda por cima, se revelava mais reconhecido pelos consumidores que as próprias marcas dos vinhos (percebeu isso quando colocou os seus primeiros vinhos no mercado). Sentiu que nunca estaria em paz sendo enólogo dessas casas, ao mesmo tempo que concorria fortemente, e em vantagem, com elas. Diz-nos que fazer vinho é uma opção eminentemente técnico-comercial, na qual a parte enológica tende a misturar-se com a parte comercial e, por isso, ajudou várias vezes os produtores a arranjar distribuidores e a vender o vinho. Como continuar esse trabalho de uma forma séria se o seu maior interesse passava a estar no sucesso do seu próprio vinho?
Foi então que abandonou as consultorias, num processo de transição suave no qual deixou à frente de cada adega o respetivo enólogo residente.
O seu primeiro rótulo foi o Vila Santa. Depois, surgiu o Marquês de Borba que é, até hoje, a marca mais forte no seu portefólio. O sucesso foi imediato e os prémios, a atenção da crítica e a fidelidade dos consumidores não deixaram margem para dúvidas. Havia que crescer. Vários outros vinhos se seguiram, assim como regiões. Primeiro, e desde há muito (1988), a Beira, com um projeto de família na Quinta de Foz de Arouce, na Lousã - propriedade dos seus sogros, os Condes da Foz de Arouce. Depois, o Tejo, já nos anos 2000, com a “Falua Vinhos”, empresa que há pouco alienou do grupo JPR. E, em 2007, dá-se a entrada no Douro, região que João Portugal Ramos diz ser aliciante e na qual desenvolve o projeto Duorum com o seu amigo de infância, José Maria Soares Franco, nome incontornável da enologia do Douro (sucedeu a Fernando Nicolau de Almeida como enólogo do Barca Velha). Pragmático e sem rodeios, diz-nos querer “aproveitar o comboio do Douro já que muitos aproveitaram o meu do Alentejo”. Sente que o Douro tem a particularidade de ser uma região que conseguiu uma projeção internacional ímpar num espaço de tempo muito curto. E é lá que também quer estar. Já em 2010, desenvolve um projeto na região dos Vinhos Verdes. Primeiro, apenas para exportação, e três anos depois, já com adega própria, apresenta no mercado nacional o seu primeiro Alvarinho.
Além de todas estas geografias, João Portugal Ramos associa o seu nome, desde o passado ano de 2017, a uma das mais antigas e prestigiadas marcas nacionais, a CRF (1895). Os que amam vinho, tenho a certeza que imediatamente recordam os Garrafeira Carvalho Ribeiro e Ferreira que durante décadas elevaram o vinho português. Mas é no universo das aguardentes que a CRF se impõe definitivamente, detendo hoje 60% da quota de mercado, numa liderança com sinal ascendente.
Se 2017 foi ano de comemoração dos 25 anos do grupo JPR, este ano de 2018 é, também, um marco fundamental. A adega Vila Santa foi alvo de um projeto de ampliação, tendo passado por obras profundas que demoraram um ano e representaram um investimento de quase seis milhões de euros. Já está em pleno funcionamento desde Fevereiro e, além de uma melhoria de equipamentos, vem concentrar todas as operações de engarrafamento e logística do grupo. Também a área de vinificação foi renovada e ampliada, com quatro áreas de receção de uva e com mais lagares de mármore que recebem já os tintos de 2018. A nova adega do Alentejo fica, agora, com uma capacidade para vinificar cerca de cinco milhões de quilos de uva.
Talento e criatividade
João Portugal Ramos diz-nos querer deixar uma empresa simpática para os seus filhos. O termo “simpática” é usado sem ironia, no sentido de se orgulhar de ter uma empresa onde é bom trabalhar, onde as pessoas se sentem bem. Consigo, tem dois dos seus cinco filhos: Filipa, na área de marketing e gestão, e João Maria, que lhe seguiu o exemplo e é enólogo. O ciclo renova-se.
O talento e criatividade de João Portugal Ramos estão latentes em todos os vinhos que provámos. Impossível não referir os mais velhos, do final da década de 1990, não só pelo respeito que nos merece a idade de cada um, como por estarem ainda com vivacidade. Deste conjunto, destaque para o Marquês de Borba Reserva 1997 - o primeiro da sua linhagem. É um vinho com textura, com vida e com muito charme. Depois, a pequena vertical de Quinta da Viçosa, de uma vinha biológica certificada desde 2015. São vinhos precisos e sólidos, de grande elegância. O 2015, com Merlot e Touriga Nacional, feito em lagar, com pisa a pé, tendo passado 12 meses em carvalho francês (barricas de primeiro e de segundo uso). Os anteriores, numa combinação diferente, de Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional, que, no caso do 2011, resultou em pura aristocracia. Para o fim ficou o vinho que talvez pareça o mais humilde deste conjunto, mas que já aqui referimos várias vezes. A marca que se mantém, desde a criação em 1998, como a marca mais forte de João Portugal Ramos. O Marquês de Borba Colheita. Este 2017, do qual de produziram 750 mil garrafas, é um lote de Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Petit Verdot e Merlot. Uma parte é fermentada em lagar, a outra em inox. Depois, estagia seis meses em meias pipas de carvalho francês e americano, de segundo e terceiro ano. É um vinho limpo, frutado, alegre, um verdadeiro todo-o-terreno. Não tem peso ou gordura extra. É direto e bem definido. Sem doçura acessória. Há um estilo indiscutível em todos estes vinhos, do mais simples ao mais complexo. Uma modernidade transversal a todas as gamas que aproxima os vinhos das pessoas, num equilíbrio que muitos tentam e não conseguem. Vinhos dos quais se percebe a origem - são alentejanos. Vinhos que se podem beber novos. E muito novos (acabados de sair). Ou com uma década. Ou duas, como testemunhámos. Vinhos que são o que são porque têm consigo uma experiência que começou em 1980.
Um percurso ímpar, com toques de acaso
Este homem, que nasceu em Lisboa numa família de arquitetos, escolheu os vinhos e o campo, com os quais sempre conviveu na quinta que a família da mãe tinha para os lados de Torres Vedras. Formou-se em Agronomia, em Lisboa, e estagiou em Dois Portos. Em 1988, juntamente com a sua mulher, recuperou um monte em ruínas, que tornou a sua casa. Escolheu viver em Estremoz. Os seus filhos nasceram e cresceram nas vinhas, na adega, a falar e a respirar vinho. Segundo o próprio, gostam mais da atividade e do sector do vinho que ele.
Diz-nos ter tido a oportunidade de comprar o descanso há meia dúzia de anos, quando poderia ter vendido o grupo JPR por bom dinheiro. Não o fez e não está arrependido. Continua a trabalhar a pensar nos filhos e nos netos - já são quatro. Continua a achar que trabalhar com vinhos é gratificante. E, palavras suas, “eu ainda sou dos que acreditam que uma coisa que se põe dentro de uma garrafa e se bebe ao jantar, nasce de uma determinada cepa, com determinadas condições edafoclimáticas”.
Vai para o Douro quando sente que já tinha feito tudo o que podia pela elevação da marca “Alentejo”. E não quer, agora, entrar noutras regiões porque vê poucos exemplos de sucesso de empresas multiregiões em Portugal. Considera que está, neste momento, onde deveria estar. Tem a adega aberta a visitantes, mas não se revê a gerir uma verdadeira unidade de enoturismo, com hotel e restaurante aberto. “Não quero vender nem hotéis, nem restaurantes - quero vender vinho”. A dimensão da oferta atual, com visitas, provas, serviço de tapas e um restaurante que abre apenas por marcação, dão-lhe a tranquilidade que procura. Mas a pressão é muita, com a crescente procura pelos vinhos portugueses, e pelo Alentejo especialmente, enquanto destino gastronómico e de descanso. “O Alentejo é um paraíso!”, remata. Por isso, se tiver de crescer, dará a concessão a quem o faça profissionalmente. João Portugal Ramos é uma figura incontornável. A história seria, certamente, diferente se ele tivesse sido arquiteto, como o pai e o avô. Alguns capítulos recentes do vinho português passam pelo seu percurso pessoal, pelas suas opções, pelo seu estilo e, até, pelos acasos que agarrou (refere frequentemente que muito na sua vida aconteceu fruto do acaso). Um amigo, há uns anos, desafiou-o a escrever um livro com as várias histórias que vai colecionando. Na altura, não era algo que lhe apetecesse fazer. Mas hoje, diz-nos que começa a pensar nisso. Talvez o que falta dizer sobre João Portugal Ramos seja, um dia, revelado na primeira pessoa.
Marquês de Borba Vinhas Velhas
Depois do sucesso do Vila Santa, João Portugal Ramos sente necessidade de criar uma outra marca. Já que está na região demarcada de Borba, lembra-se que um familiar seu é Marquês de Borba, título que está na família desde 1811. É um nome forte, perfeito para uma marca. E assim foi. Autorização concedida para usar o nome, fica então criado um dos mais icónicos rótulos associados ao enólogo e produtor. Em 1997 é lançado o primeiro Marquês de Borba Reserva e, no ano seguinte, nasce o Colheita, que, até hoje, se mantém como a marca mais forte do grupo, revelando uma consistência inabalável.
João Maria Portugal Ramos diz-nos que o 1º Marquês de Borba era uma pessoa muito culta, que gostava muito de arte. O atual Marquês, primo do seu pai, alia o gosto pela arte ao gosto pelo vinho o que, de certa forma, é um predicado que intuímos inato ao título (!)… Voltando ao vinho, este é um ano de mudanças. No momento em que houve necessidade de reforçar a posição da marca, deu-se também uma mudança de imagem. O aspeto e desenho do rótulo transmitem cuidado e comunicam história, reforçando a credibilidade. Quanto à gama, cresceu com a criação do Marquês de Borba Vinhas Velhas, branco e tinto. A imagem para estes vinhos surgiu a partir da nova imagem do Colheita, com o recurso a cores particularmente felizes, tranquilas e modernas.
Como se verificava uma grande diferença entre o Colheita e o Reserva, havia espaço para criar um terceiro vinho. O Vinhas Velhas pretende, assim, dar uma ideia do que é o Reserva e, ao mesmo tempo, apresenta-se com um preço competitivo, mais próximo do Colheita. A diferença está também no facto de ser um vinho vocacionado para a restauração, que terá o seu espaço naquelas cartas de vinhos que não estão conotadas com os rótulos que habitualmente vemos nas prateleiras dos supermercados.
O Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco 2017 é um lote de Arinto, Roupeiro, Antão Vaz e Alvarinho, em vinhas de solos argilo-calcários e xistosos, algumas dos anos 1980. Fermenta parcialmente em barricas novas e usadas e passa por um estágio de 8 meses em carvalho francês e húngaro. É um vinho com fruta muito desenhada e limpa, ótimo volume e uma aresta de acidez que lhe define o carácter. A madeira precisa, ainda, de mais algum tempo para se integrar completamente. Quanto ao Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto 2016, é proveniente de vinhas dos mesmos tipos de solos e tem as variedades Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão e Syrah. É feito em lagar e passa 12 meses em carvalho francês e americano. Tal como o branco, encontrámo-lo ainda numa fase de integração, já que apenas tinha três meses de garrafa. É um vinho sério, claramente sedutor e que se percebe versátil para a refeição.