O emprego do sangue no receituário nacional é amplo e perde-se nas origens do tempo. Rico, espesso e fortificante, o seu uso é transversal.
Quantidade: 6 pessoas
Duração: 2 horas
- 2 kg de miudezas de porco
- 1 redenho (gordura que envolve as tripas)
- 1 cachola (fígado de porco)
- 1 l de sangue
- 4 dentes de alho
- 8 grãos de pimenta
- colorau
- cravinho moído
- cominhos
- sal
- fatias de pão caseiro (alternativo)
Verte-se num alguidar de barro 1/4 l de vinagre e alguns dentes de alho esmagados e sal, mexendo a mistura com uma colher de pau, sem parar senão pode coalhar. Num tacho aquece-se água e junta-se o sangue, não parando de mexer, e acrescentam-se mais alguns alhos pisados num almofariz, folhas de louro, cominho e cravinho.
Frita-se, entretanto, na banha, o fígado do porco cortado aos quadrados pequenos, a que se costuma juntar também o coração e um pouco de bofe (pulmão), temperado com sal, folhas de louro, alhos, uma pinga de vinho branco, e as especiarias.
Quando a carne estiver frita reserva-se, adicionando toda a gordura desta fritura à da cachola, deixando cozinhar mais algum tempo em lume brando.
Serve-se bem quente, sobre sopas de pão alentejano (ou não), partido aos bocados, do mesmo tamanho da cachola, em pratos fundos ou tigelas, e junta-se com a sopa.