CARMIM celebra meio século

Fotografia: Arquivo
Redação

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No ano em que completa 50 anos, a CARMIM recorda o passado com os olhos no futuro e lança dois Grande Reserva DOC para assinalar a data.

 

É no ano 1971, quando 60 viticultores se juntam com um objetivo comum: produzir e comercializar vinho que nasce a Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Ao serviço da CARMIM durante 39 anos, José Simões, adegueiro, conhece esta história como ninguém. “Na altura das vindimas chegava a ficar 45 horas sem ir a casa e morava ali ao lado. Não me podia encostar a nada, senão adormecia” afirma o adegueiro, que fazia apenas pausas, quando a mulher lhe levava algo para comer. “Eram tempos diferentes, os viticultores chegavam com as uvas num dia e só conseguiam, muitas vezes, descarregar no dia seguinte”, recorda José Simões, que aos 78 anos afirma que se não tivesse vivido o que viveu, não acreditaria que teria sido assim.
 
“Há muito tempo que tenho uma ligação à CARMIM, o meu pai [Manuel Caeiro Feijão] foi o sócio nº125, quase dos primeiros. Guardo boas memórias desses tempos e é muito interessante ver a evolução da CARMIM ao longo de todos estes anos”, Miguel Feijão, atual Presidente do Conselho de Administração
 
Passaram 50 anos, neste momento a CARMIM conta com perto de 900 associados e tem um volume de negócios que ronda os 20 milhões de euros, dos quais cerca de um quarto proveem da exportação.
 
“Meio século de vida de uma instituição tão marcante na comunidade e com marcas e produtos com uma projeção tão sólidos, só tem sentido com uma justa homenagem aqueles que lhe dão vida, sentido e um propósito, os seus associados” afirma o Diretor Geral João Caldeira, que relativamente ao futuro acrescenta que este “aponta para uma comunidade orgulhosa do desempenho da sua cooperativa, grata por esta acrescentar valor ao fruto do seu trabalho no campo e, nesse trajeto, demonstrando um forte compromisso com a sustentabilidade e com o planeta”.
 
Para assinalar esta data tão , a CARMIM lança dois DOC Alentejo Grande Reserva. O Grande Reserva Branco 2019, Antão Vaz (70%) e Arinto (30%) apresenta-se aos olhos dos enólogos Rui Veladas e Tiago Garcia como “um vinho de aspeto cristalino, cor palha definida, aroma frutado com notas tropicais, frutos secos e de mel. Estruturado e untuoso num conjunto fresco intenso e complexo, com final longo e persistente”.
 
O Grande Reserva Tinto 2017, Alicante Bouschet (60%), Aragonez (20%) e Touriga Nacional (20%), apresenta-se como um “vinho de cor granada intenso, denso, profundo com notas de fruta preta madura, especiarias e cacau. Taninos robustos, intensidade e muita presença. Final longo e persistente a indicar uma boa longevidade”.
 
PVP: Grande Reserva Branco, 2019 – 29,90€
PVP: Grande Reserva Tinto, 2017 – 29,90€