Climate Talks by Porto Protocol

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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Do Porto para o mundo, a Porto Protocol promove discussões sobre as alterações climáticas na indústria do vinho. Maio marca o início das “Climate Talks by Porto Protocol”  que prometem levantar questões, apresentar boas práticas e - porque não? - impelir à mudança de comportamentos. 


À mesa virtual juntam-se os oradores Nicolas Quillé, do Crimson Wine Group (E.U.A.); Santiago Navarro, da Garçon Wines (Reino Unido) e Tiago Moreira da Silva, da BA GLASS Iberia (Portugal). A moderação ficará a cargo de Marta Mendonça, da Porto Protocol.

Nicolas Quillé traz o contributo da Crimson Wine Group que tem trabalhado para diminuir o peso da embalagem, sem impactar a qualidade do produto final. Em um ano conseguiu reduzir o peso médio da garrafa em 75g. Esta medida reduziu em 13% a quantidade de resíduo criado e diminuiu a pegada de carbono no processo de distribuição. Além disso, o Crimson Wine Group passou a adquirir “vidro produzido localmente, em vez de importar esta matéria-prima. Anteriormente, a garrafa percorria 8800km até chegar ao local do engarrafamento. Neste momento, a distância encurtou para 500km”, confidencia Nicolas Quillé.

Santiago Navarro da Garçon Wines propõe uma solução disruptiva: uma garrafa achatada produzida com plástico reciclado. A escolha do material e do formato torna a garrafa 87% mais leve e 40% menor do que as convencionais garrafas redondas de vidro do mesmo volume e tamanho, que levará a uma redução substancial das emissões de CO2 por garrafa.

Por outro lado, Tiago Moreira da Silva, vem apresentar as razões basilares pelas quais o vinho deverá continuar a ser embalado e servido em vidro. Para além de representar a empresa BA GLASS Iberia, traz consigo os estudos desenvolvidos pela Federação Europeia dos Fabricantes de Vidro (FEVE). 

Quanto à moderação da conversa, Marta Mendonça da Porto Protocol, para além das perspetivas individuais dos convidados sobre as alterações climáticas, vai ainda dirigir a discussão para assuntos como a sustentabilidade do vidro, as possíveis alternativas e os seus efeitos na qualidade do vinho; os custos inerentes a embalagens mais amigas do ambiente, a perceção e escolha do consumidor, o contributo da cortiça, o excessivo embalamento e a eventual interferência da legislação nesta problemática.

As conversas digitais estão marcadas para 7, 14, 21 e 28 de Maio, mas prevê-se que continuem com uma periodicidade mensal ou bimensal. Os painéis podem ser conhecidos em www.portoprotocol.com/climate-talks/.