Criada a Rota dos Vinhos do Douro e do Porto

Enoturismo

Fotografia: Arquivo
Redação

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Além do IVDP, participam o Turismo Porto e Norte de Portugal, as CVR dos Vinhos Verdes, Távora-Varosa e Trás-os-Montes.

 

O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) anunciou ontem que vai participar como membro fundador – através da “Rota dos Vinhos do Douro e do Porto”, a mais antiga região delimitada e regulamentada do Mundo – na Rota dos Vinhos e do Enoturismo do Porto e Norte de Portugal (RVEPN), que será apresentada publicamente no próximo dia 27 de maio.

Na nova RVEPN participam, além do IVDP, o Turismo Porto e Norte de Portugal, bem como as Comissões Vitivinícolas das Regiões dos Vinhos Verdes, Távora-Varosa e Trás-os-Montes.

Ao tornar-se detentor da marca “Rota dos Vinhos do Douro e do Porto”, o IVDP retomou uma iniciativa que tinha sido experimentada no passado, agora procurando maior abrangência, envolvimento e rigor na execução e vivência do projeto, consignando princípios de governança e de gestão, projeto que não está apenas assente no contributo dos diferentes stakeholders que a compõem, mas preconiza uma ação em lógica de rede.

“No respeito pelos princípios enunciados na Carta Europeia do Enoturismo, é lançado, assim, um desafio que deve ser entendido como um processo partilhado, autorregulado, e de adesão voluntária por todos quantos nele queiram participar: adegas, instalações vitivinícolas, centros de acolhimento e outras instalações conexas que proporcionem programas e conteúdos de visita e experimentação diversificados e complementares, contribuindo para enriquecer a experiência dos turistas na descoberta e vivência na Região Demarcada do Douro”, assegura Gilberto Igrejas, presidente do IVDP.

Para o Instituto, este projeto consubstancia-se, pois, na implementação de uma estratégia coletiva de desenvolvimento, apoiado na observância dos princípios de Desenvolvimento Sustentável, da Cooperação, enquanto elemento potenciador de sinergias resultantes de complementaridades de atividades e ações comuns entre aderentes e demais parceiros do território e na Preservação do Meio Ambiente, favorecendo o desenvolvimento socioeconómico do território com respeito pelo meio e pelos valores paisagísticos.

“O Douro é um dos expoentes de Portugal na oferta turística, com especial potencial no que diz respeito à oferta enoturística, conjunto de atividades e recursos turísticos, de lazer e de tempos livres, relacionados com as culturas, materiais e imateriais, do vinho e da gastronomia autóctone dos seus territórios”, sublinha o mesmo responsável.

A Região Demarcada do Douro é por si só, pela beleza inigualável das suas paisagens, pelo rio e pela sua gastronomia, aí se destacando os seus incomparáveis vinhos, cenário ideal para estruturar uma oferta turística. Segundo o IVDP, o Douro deve, assim, mostrar-se de forma estruturada a todos aqueles que vêm à descoberta do território onde é produzido o seu vinho, incontornável fator para se potenciar, nacional e internacionalmente, o seu consumo esclarecido, fundamental ao aumento da sua comercialização, pois que só um consumidor que se embrenhou no território, viu as soberbas paisagens do rio, cheirou a terra, espraiou o olhar pelas vinhas, viu colher as uvas ou fazer o vinho, pode ter uma perceção consolidada de toda esta riqueza que, assim, se lhe ficará ligada de modo perene.

“As Rotas do Vinho constituem um dos produtos essenciais para o desenvolvimento dos destinos turísticos, ao serem instrumentos que organizam o território, porquanto dinamizam e promovem os ativos de um destino. Desempenham, na oferta de serviços turísticos, uma forma organizada de salvaguardar e valorizar a cultura, de abrir portas à descoberta de novos territórios”, conclui Gilberto Igrejas.

Para IVDP, o seu enorme potencial turístico merece tudo aquilo que possa contribuir para uma qualificação turística consolidada, no alinhamento do desafio estratégico nacional que visa a procura da coesão social e territorial, o esbater de assimetrias resultantes da sazonalidade, a valorização de um território onde se torna difícil a fixação de populações qualificadas, aspetos fundamentais quando se pretende criar valor e distribuir riqueza.