As exportações do setor agroalimentar estão a crescer. Os dados, positivos, foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que demostram um crescimento de 10,4% em agosto de 2020 quando comparado com agosto de 2019. Também no acumulado, ou seja, de 1 janeiro de 2020 a 31 de agosto de 2020, quando comparado com o mesmo período do ano passado, os dados são positivos com um crescimento das exportações em 3,2%.
Se analisarmos apenas a agricultura, o crescimento é ainda maior. No acumulado de janeiro a agosto, quando comparado com o mesmo período de 2019, as exportações deram um salto de 7,1%. Já quando comparamos agosto de 2019 com o mesmo período homólogo de 2020 o crescimento é a dois dígitos: de 24,6%.
Por sua vez, as exportações do complexo agroalimentar no acumulado a agosto de 2020 registaram um crescimento de 4.297 milhões de euros para 4.443 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 146 milhões de euros.
Quanto à evolução do saldo comercial do completo agroalimentar verifica-se uma quebra de 2.666 milhões de euros em agosto de 2019 para 2.167 milhões de euros para agosto de 2020.
Avaliando estes dados do complexo agroalimentar por tipo de produto, verificamos que os “animais vivos” são o produto agrícola que mais cresce: 98,1% em agosto quando comparado com agosto de 2019 e 15,5% no acumulado (de janeiro a agosto). Seguem-se as “carnes e miudezas, comestíveis”, com um crescimento de 34,7% (agosto - homólogo) e de 11,8% (de janeiro a agosto).
Seguem-se as “frutas, cascas de citrinos e de melões” com um crescimento de 18,5% (agosto - homólogo) e de 7,2% (de janeiro a agosto).
Os “vinhos e mostos” também estão com um comportamento positivo. Crescem 8,3% em agosto homólogo e 2,3% no acumulado de janeiro a agosto, quando comparado com o mesmo período do não anterior.
No mês de agosto, mostram também sinais positivos, produtos como o “leite, laticínios, ovos de aves e mel natural”, com um crescimento significativo de 19,4%, muito embora no acumulado ainda mostrem resultados negativos de 3,1%. Também os produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos comestíveis estão a crescer 5,7% em agosto homólogo, mas com um saldo negativo de 3,7% no acumulado.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, considera estes dados “muito positivos, refletindo a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores portugueses e de todo setor agroalimentar. Estes dados, muito positivos, demonstram como o papel da política agrícola comum (PAC) e das medidas que foi possível implementar durante a pandemia foram fundamentais para garantir a tesouraria e fundo de maneio aos produtores, bem como para criar previsibilidade ao setor”. ~
A titular da pasta da Agricultura salienta ainda que “o Plano de Recuperação e Resiliência, bem como o plano estratégico da PAC, que alinham com a estratégia definida na Agenda da Inovação 20 | 30, querem dar continuidade ao trabalho de excelência que os nossos agricultores têm desenvolvido”.