Para os aficionados da prova maior do desporto automóvel mundial, fica desde já a garantia – em todas as corridas, a Ferrari estará no pódio. E não, não se trata da famosa scuderia do “Cavallino Rampante”, mas apenas do célebre espumante italiano com o mesmo nome.
Assim, a partir desta época, que deverá passar em maio pelo Autódromo do Algarve, o champanhe deixará de estar presente nas celebrações dos vencedores nos pódios do Grande Prémio. Quando o circo arrancar no Bahrein para uma das mais longas épocas de sempre, com 22 corridas agendadas, o vencedor do primeiro GP da temporada vai comemorar a vitória com uma garrafa de espumante.
É, podemos dizer, o fim de uma era. O promotor da modalidade fechou um acordo com o produtor italiano de Trentino, nos Alpes italianos – em nada relacionado com a famosa Scuderia - para levar o seu espumante aos pódios do Grande Prémio nas próximas três temporadas, colocando termo numa tradição tão antiga como o próprio Campeonato Mundial: foi em 1950 que Juan Manuel Fangio celebrou com champanhe, pela primeira vez, as suas vitórias na F1 ao volante de um Alfa Romeo.
As origens do champanhe na F1 remontam a esse mesmo ano, quando dois entusiastas do desporto automóvel, Paul Chandon Moët e Frédéric Chandon de Brailles (nem por acaso produtores de Champagne…) converteram o momento de celebração dos pilotos numa forma única de promoção da bebida. Que ganhará novo modelo icónico quando Dan Gurney, vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1967, sacode a sua garrafa por refrescar, dando origem ao rebentamento da rolha que se tornou imagem de marca deste momento no pódio. Daí à adoção do formato jeroboam para os festejos foi um passo. Doravante, os festejos prosseguirão com toda a pompa efervescente – mas já sem champanhe…