Guia Michelin poderá deixar de ser publicado em papel

Fotografia: Fotos D.R.
Marc Barros

Marc Barros

Crítico Carlos Maribona antecipa chuva de prémios na gala Repsol a realizar 7 de abril.

 

Em artigo de opinião a publicar na edição de abril da Revista de Vinhos, o conceituado jornalista e crítico gastronómico espanhol Carlos Maribona, citando Mónica Ríus, diretora de comunicação da Michelin para Espanha e Portugal, adianta a possibilidade de, “em breve”, o famoso guia Michelin deixar de ser impresso no “atual formato de papel para se concentrar apenas na web”.
“Más notícias para os colecionadores destes guias, que são muitos. Por um exemplar do guia Michelin de França de 1900, o primeiro a ser publicado, estes colecionadores pagaram 35 mil euros, e por um dos primeiros de Espanha e Portugal, de 1910, nove mil euros. Em breve será difícil ampliar o acervo”, escreve.
Porém, acrescenta, este passo segue “o caminho de outros guias importantes como o Repsol, o mais importante dos guias espanhóis, que deixou de ser impresso em 2018 para se concentrar no seu portal”. O guia, que durante muitos anos  “chamou-se Campsa, o antigo nome da petrolífera espanhola”, desde sempre dedicou uma secção a Portugal.
Referindo-se à cerimónia de entrega dos seus galardões em Portugal, a ter lugar no próximo dia 7 de abril no Convento de S. Fancisco, em Santarém, Carlos Maribona antecipa “uma chuva de prémios que irão contrastar tremendamente com a mesquinhez que a Michelin tem demonstrado mais um ano neste país”, sendo “bastante provável que a Repsol conceda três sóis a dois ou três restaurantes portugueses, uma forma de conquistar os chefes”, assegura.