Monção e Melgaço - Viagem por um terroir único no mundo

Fotografia: Ricardo Garrido
Redação

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Demarcada em 1908, a Região dos Vinhos Verdes é, em área geográfica, a maior de Portugal e uma das maiores da Europa. Esta sua dimensão, torna-a o palco de uma diversidade de terroirs, dando origem a nove sub-regiões. Uma destas é Monção e Melgaço.


Localizada no ponto mais a norte de Portugal, entre o rio e a montanha e com um equilíbrio geográfico muito particular, Monção e Melgaço afirma-se pela força dos seus costumes e tradições, mas também pelo carácter empreendedor e inovador de sucessivas gerações de produtores que a tornam mais que o espelho da excelência da sua casta estrela: Alvarinho.
Para dar a conhecer a diversidade de um terroir único que permite a Monção e Melgaço afirmar-se como uma região das grandes regiões vínicas do mundo, o sommelier Filipe Wang foi o cicerone dos vídeos “Uma viagem pelo Terroir de Monção e Melgaço” e “Expressões do Alvarinho”, publicados nas redes sociais da Revista de Vinhos e da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

Nesta viagem pelo terroir, tendo nas vinhas centenárias uma primeira surpresa, Filipe Wang mostra que, por detrás de vinhos extremamente ricos em termos de mineralidade, frescura, carácter, corpo e longevidade, está a conjugação perfeita de um microclima temperado atlântico com a influência continental com a presença de solos bem drenados, de origem granítica, com afloramentos de xisto, quartzo e calhau rolado, não sendo alheio o saber acumulado e a ação na vinha e na adega, cada vez mais preparada, conhecedora e atenta ao contexto.
 

É esta tipicidade do terroir que dá aos Alvarinhos de Monção e Melgaço aquela acidez crocante e vibrante que não se encontra nos demais. Impressionado pelo potencial de guarda típico dos grandes vinhos do mundo, Filipe Wang salienta ainda a plasticidade da casta, dada por uma acidez natural, uma espinha dorsal que permite a elaboração de diferentes estilos, desde os vinhos tranquilos, aos espumantes e aguardentes vínicas, todos eles fantásticos e cheios de complexidade sem perder a pureza e a fruta que a casta Alvarinho possui.

Outra surpresa são as vinhas centenárias, que demonstram a riqueza da sub-região, e os seus vinhos tintos, que denotam o caráter, a expressividade e a elegância de castas como a Alvarelhão, Vinhão e Pedral originando vinhos que considera modernos, frescos e versáteis em termos de gastronomia e momentos de consumo.
 

Para Filipe Wang, a Região Demarcada dos Vinhos Verdes é uma das grandes regiões de vinhos do mundo, pois são poucas as que fazem vinhos brancos, vinhos tintos, espumantes e aguardentes vínicas de boa qualidade, proporcionando uma viagem vínica e gastronómica interessante para todos.
 

Veja AQUI o vídeo "Uma viagem pelo Terroir de Monção e Melgaço"