Nauvegar com prata nos World Brand Design Society Awards

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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O World Brand Design Society Awards é uma competição internacional que celebra a excelência e promove os melhores trabalhos criativos, de agências e estúdios de design de todo o mundo. O estúdio de design Nauvegar, sediado no coração do Vale do Douro, foi premiado com prata nessa competição com o projeto Quinta dos Montes - Parcela Nº 5.


“Desde a fundação, o nosso objetivo tem sido estabelecer o Nauvegar como pedra angular do Vale do Douro para o negócio do design de vinhos, e nos últimos 3 anos, o nosso estúdio conquistou uma forte reputação neste mercado. Esta distinção é uma oportunidade maravilhosa para celebrar o esforço, dedicação e total entrega da nossa pequena equipa, e para mostrar, com orgulho, que é possível estar no interior do país, numa pequena aldeia como Covas do Douro, e desenvolver projetos criativos de topo, ao nível do melhor que se faz em qualquer grande capital mundial!", referiu Gustavo Roseira, CEO e Diretor Criativo do estúdio.

Relativamente ao projeto que acaba de ser premiado, Gustavo conta como tudo aconteceu:

“Estávamos a passear pelas belíssimas vinhas da Quinta dos Montes, no Vale do Douro, com o nosso bom amigo, e enólogo da quinta, Pedro Sequeira, enquanto ele nos contava sobre a sua última criação, um vinho de uma só vinha, proveniente de uma parcela muito especial da propriedade. 

Quando chegamos à Parcela Nº 5, sentimos definitivamente algo especial e único! É difícil pôr em palavras o quão mágicas as vinhas muito velhas do Douro podem ser… Esta é uma parcela minúscula, com apenas 0,61 hectares, mas com uma enorme diversidade, 23 castas diferentes com mais de 100 anos. Foi como entrar num autêntico museu vivo! O Pedro explicava o amor e cuidado que dedicou a esta vinha, e como as plantas são tratadas uma a uma, “Cêpa-a-Cêpa”, e o seu sonho de expressar de alguma forma o espírito do lugar e a textura complexa que as cêpas velhas têm, na garrafa. 

Instantaneamente, muitas ideias começaram a "fermentar" na nossa imaginação. Assim que voltamos à nossa "adega criativa", a mesa, o papel, o lápis, diversas experiências começaram a surgir. Estávamos a cortar camadas de papel com diferentes formatos, na tentativa de recriar algumas ideias que tínhamos para representar as vinhas, quando percebemos que podíamos integrar um conceito de dualidade, que comunicaria ao mesmo tempo as complexas texturas em camadas das cêpas velhas e a sinuosa topografia das vinhas do Douro! 

No final, devido à complexidade das formas e aos pequenos detalhes de cada camada, parte do processo de produção dos rótulos teve de ser feito manualmente, um a um, tal como o cuidado com estas vinhas centenárias e como a nossa abordagem de design, que foi desenvolvida minuciosamente à mão. 

Tudo neste vinho, em todas as fases de criação, nasceu desta paixão pelo artesanal, resultando numa joia autêntica e rara. Foram lançadas apenas 1333 garrafas, tornando o lema “Cêpa-a-Cêpa”, realmente digno.”