Com o país vinhateiro a entrar numa fase crucial da campanha, o ciclo vegetativo da vinha e as condições climáticas a poderem fazer exigir os primeiros tratamentos, eis que irrompe a pandemia do coronavírus Covid-19. Como conciliar os trabalhos na vinha (e, já agora, na adega) com a necessidade imperiosa de impedir a progressão da doença?
Fomos saber junto da Sogrape Vinhos quais as medidas a implementar ou já em vigor. Desde logo, foi criado um Comité de Segurança e Crise composto por uma equipa multidisciplinar, “focada em mitigar os riscos associados à transmissão do Covid-19 e tendo como principais objetivos a prevenção, controlo e vigilância”.
Assim, entre outras medidas, “as tarefas agrícolas normalmente desempenhadas em grupo são agora executadas de forma individual, com o devido distanciamento entre cada colaborador”, ao mesmo tempo que “todos os colaboradores usam máscaras” e “cada colaborador tem o seu material de trabalho”, refere a empresa. Por sua vez, “o transporte de pessoal dentro das quintas é feito com 1/3 da lotação máxima de cada carro”. Outras medidas passam pela “implementação de um plano de comunicação aos colaboradores sobre medidas preventivas e formas de atuação em casos de suspeita direta e indireta”.
A empresa chama ainda atenção para o facto de que áreas como a produção – linhas de engarrafamento – e alguns departamentos das áreas de logística, enologia e viticultura, não reunirem “condições para os colaboradores trabalharem a partir de casa”.
Foi assim imposto o “uso de máscaras nos postos de trabalho que implicam proximidade física entre pessoas” e “pessoas externas às instalações”, bem como a “limitação da circulação de pessoas em zonas críticas, como o engarrafamento”, sublinha a empresa.
Outras medidas incluem a “redução temporária dos turnos”; a “obrigatoriedade do uso de máscaras em locais de trabalho definidos pela área de Operações”; a “reorganização dos espaços do processo produtivo de forma a aumentar o distanciamento físico” ou; a “disponibilização na cantina de almoços em serviço de take away”. É feita ainda a “monitorização constante da rede de abastecimento de matérias primas e das necessidades de produção, expedição e logística”, assinala.