Muitos produtores seguem as tendências dominantes do mercado, outros criam um estilo próprio. Sugiro quatro brancos que merecem ser provados ainda neste verão, entre amigos.
1. Casas Altas Chardonnay 2015, José Madeira Afonso (Beira Interior)
Na localidade de Souropires, concelho de Pinhel, fica esta pequena propriedade com cerca de 15 hectares de vinhas dispersas por várias parcelas. A paixão do produtor pelos vinhos brancos da Borgonha originou a plantação da casta Chardonnay, numa vinha a 700 metros de altitude. Este branco impressiona pela delicadeza do aroma e surpreende pela persistência do sabor.
2. Avô Fausto 2014, Quinta das Bágeiras (Bairrada)
Mário Sérgio Nuno é um grande adepto datradição, um respeitador da vinha, da uva e do vinho. O resultado é gratificante, com vinhos genuínos, com enorme carácter e pureza. Este vinho, feito de uvas Maria Gomes, provém de uma vinha velha cuja produção foi bastante reduzida e vindimada cedo. De perfil floral, aroma super elegante e um leve toque fumado. Boca intensa, cheia de frescura, surpreendente!
3. Boina 2016, Aguiar de Morais Vaz & Olazabal Ferreira (Douro)
Nuno Aguiar e António Olazabal Ferreira lançaram este vinho chamado Boina, com um rótulo original e apelativo. É o primeiro de uma série de vinhos que a dupla começou a produzir no Douro e em Trás-os-Montes, no âmbito do projecto Portugal Boutique Winery. Um branco elaborado com as castas Viosinho, Rabigato e Codega do Larinho, com notas de citrinos e flores brancas. Na boca é muito fresco, equilibrado e com um final muito elegante.
4. Frey Granito 2015, Frey Blend (Vinho de Mesa)
Uma produção de apenas 999 garradas, um lote de castas autóctones de uma vinha de altitude, em solo granítico. Um vinho com notas minerais e ligeiro cítrico. Encorpado na boca, seco, muito freco e persistente. Um belíssimo branco sem denominação de origem (Vinho de Mesa), do produtor Pedro Frey.